quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Em Memória do Jota Esse (José Manuel Sousa)- 5 de Abril de 1983 a 9 de Fevereiro de 2009


REQUIEM


Quero aqui expressar

Esta dor imensa e imersa

Que já se tornou

Submersa a partir do

Momento em que espalharam

As minhas cinzas em

Casas de loucos,

em átrios de frouxos,

Aeroportos virtuais que

Levam a universo paralelos.

Riem-se entretanto da

Escrita que é minha mas

Calam-se de súbito

Quando surge o som que

Brota deste coração negro,

Cor de breu, deste corpo

Fraco, em farda caqui,

Porque deix´´amos mesmo

O Brio decair totalmente.

As palavras que surgem não

São de alegria nem euforia

sequer , mas sim de

Desespero e uma ânsia

que me faz estar preso a

Este papel, a única

Entidade que me respeita.


1 comentário:

Anónimo disse...

@Destino


I

Se vivo, não sei onde moro
Oh, destino, que minh’alma escureces
Sim tenho medo, mas não choro
Chora tu que já me conheces
Agarra-te à vida que eu te adoro
Porque comigo te compadeces
Então chora! Chorar faz bem,
A mente alivia como ninguém!

II

Alma penada posta de lado
Se agora existo, só sobrevivo
À bengala sempre agarrado
Vivi muito, mas já não vivo
A este destino estou amarrado
Coração cansado, apreensivo.
Devia ter feito ficou por fazer,
Tanto defeito, tudo a perder!

III

Perdi os amigos, alguns bem leais
Foram todos em debandada
Vivi a vida depressa demais
Foi-se perdendo na caminhada
Cumpra-se o destino e algo mais
Corria tanto sem andar nada
Tu sê diferente, vai devagarinho
Também chegarás ao fim do caminho.

carlospereira23@sapo.pt