REQUIEM
Quero aqui expressar
Esta dor imensa e imersa
Que já se tornou
Submersa a partir do
Momento em que espalharam
As minhas cinzas em
Casas de loucos,
em átrios de frouxos,
Aeroportos virtuais que
Levam a universo paralelos.
Riem-se entretanto da
Escrita que é minha mas
Calam-se de súbito
Quando surge o som que
Brota deste coração negro,
Cor de breu, deste corpo
Fraco, em farda caqui,
Porque deix´´amos mesmo
O Brio decair totalmente.
As palavras que surgem não
São de alegria nem euforia
sequer , mas sim de
Desespero e uma ânsia
que me faz estar preso a
Este papel, a única
Entidade que me respeita.
1 comentário:
@Destino
I
Se vivo, não sei onde moro
Oh, destino, que minh’alma escureces
Sim tenho medo, mas não choro
Chora tu que já me conheces
Agarra-te à vida que eu te adoro
Porque comigo te compadeces
Então chora! Chorar faz bem,
A mente alivia como ninguém!
II
Alma penada posta de lado
Se agora existo, só sobrevivo
À bengala sempre agarrado
Vivi muito, mas já não vivo
A este destino estou amarrado
Coração cansado, apreensivo.
Devia ter feito ficou por fazer,
Tanto defeito, tudo a perder!
III
Perdi os amigos, alguns bem leais
Foram todos em debandada
Vivi a vida depressa demais
Foi-se perdendo na caminhada
Cumpra-se o destino e algo mais
Corria tanto sem andar nada
Tu sê diferente, vai devagarinho
Também chegarás ao fim do caminho.
carlospereira23@sapo.pt
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